O PATRONO DA ESCOLA SECUNDÁRIA/3ºCICLO E.B. MARTINS SARMENTO
FRANCISCO MARTINS SARMENTO (1833¬1899)
Sábio, Historiador, Arqueólogo e Etnólogo, Francisco Martins de Gouveia Morais Sarmento nasceu em Guimarães a 9 de Março de 1833 de uma família abastada.
Foram seus pais, Francisco Joaquim Gouveia de Morais Sarmento, senhor da Casa da Ponte, em Briteiros (Guimarães), e D. Joaquina Rosa d’Araújo Martins.
Em 1853, com vinte anos de idade conclui o Curso de Direito em Coimbra, do qual nunca fez uso.
Após a morte dos pais e herdeiro da fortuna da família, Martins Sarmento fixou residência em Guimarães, passando a habitar um prédio do antigo Largo do Carmo que ele mandou construir e onde viria a falecer a 3 de Agosto de 1899.
Alberto Sampaio, outro ilustre vimaranense seu contemporâneo, considera a obra de Martins Sarmento dividida em três fases distintas: o ciclo romântico, das composições poéticas e literárias; o dos estudos sociológicos e jornalísticos, e finalmente, o ciclo dos estudos históricos e arqueológicos a que deu início em 1874, após as suas primeiras escavações nas ruínas da Citânia de Briteiros.
Os trabalhos arqueológicos absorverão toda a sua atenção durante um quarto de século, tentando desvendar a origem dos povos lusitanos.
Martins Sarmento foi um etnólogo, como o documentam os seus trabalhos e as suas obras, mas investigando e escrevendo muito particularmente sobre arqueologia.
É a esta ciência que o seu nome ficará para sempre ligado, pois foi um precursor e um mestre e os seus estudos revolucionaram em Portugal os métodos de investigação pré-histórica e arqueológica.
Foi o primeiro investigador português a imprimir um verdadeiro carácter científico ao estudo das antiguidades nacionais.
Em 1882, um grupo dos seus conterrâneos e admiradores da sua obra científica fundava em Guimarães, em sua honra, a Sociedade Martins Sarmento, na qual se conserva, actualmente, toda a sua colecção arqueológica, a sua biblioteca privada e todo um conjunto de bens móveis que legou à instituição, juntamente com propriedades rústicas e urbanas para garantia da vida e actividades desta instituição cultural vimaranense.
Deixou ainda cerca de 4000 páginas manuscritas sobre os seus estudos e prospecções arqueológicas. Correspondeu-se o sábio vimaranense com muitas das figuras mais ilustres do seu tempo, e o seu nome figura hoje em muitos tratados de arqueologia clássica, sendo considerado como um dos mais notáveis pioneiros portugueses da exploração científica e do conhecimento da cultura dos Castros do Noroeste Peninsular.
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